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20 de Abril de 2024

Policiais federais pedem equiparação de papiloscopistas a peritos e melhores serviços de saúde

Publicado por Agência Brasil
há 11 anos

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro Policiais federais protestaram hoje (5) contra a precariedade de serviços sociais e da saúde, o assédio moral dentro da corporação e o veto presidencial ao Projeto de Lei 244, que reconhece o papiloscopista como perito. A manifestação começou na Praça Mauá, em frente à sede da Polícia Federal (PF), e seguiu até a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde os policiais acompanharam audiência pública para discussão de melhorias na estrutura da PF. A passeata e a audiência fazem parte da paralisação de 24 horas iniciada pelos policiais federais na madrugada desta segunda-feira.

Cerca de 200 agentes carregavam faixas e vestiam blusas pretas com suas reivindicações escritas com tinta amarela. Um elefante branco inflável, representando a campanha contra a burocracia no sistema de investigação policial, era conduzido por um carro. En frente à Alerj, os manifestantes soltaram aproximadamente 200 balões em preto e amarelo, cores da PF. Duas viaturas da Polícia Militar e uma da Guarda Municipal acompanharam a passeata.

Para a presidenta do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro, Valéria Manhães, o modelo brasileiro de investigação, que é de 1940, precisa ser renovado, porque não atende à modernidade. "O crime se modernizou, mas a investigação continua a mesma. Pouco é alcançado. Somente 10% dos inquéritos policiais são elucidados."

De acordo com Valéria, até o momento, 60% dos policiais federais aderiram à paralisação. Ela disse que a população pode ficar tranqüila. pois os serviços essenciais estão mantidos. "Os serviços mínimos estão mantidos. Este é o início de paralisações [da categoria] no Brasil inteiro.

Valéria explicou que a paralisação faz parte de um calendário nacional, que está sendo seguido."Primeiro, houve manifestações aqui [no Rio] e haverá paralisações em vários estados. Precisamos também mostrar para a sociedade civil a forma de investigação criminal usada no Brasil, que não atende mais aos anseios, à modernidade.

O vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luiz Antonio de Araújo Boudens, disse que a manifestação busca um modelo mais eficiente de investigação. O elefante branco simboliza essa burocracia. Todas as investigações hoje começam no papel, no meio delas, tem papel e, no final delas, tem papel. Então, é totalmente cartorializada. O objetivo desta manifestação é discutir um modelo mais eficiente para que as investigações caminhem diretamente para o Ministério Público e este faça a denúncia.

Agentes, escrivães e papiloscopistas entraram em greve em agosto do ano passado. Em setembro, em ato nacional, os policiais federais pediram a reestruturação da carreira de nível superior. Em outubro, após 70 dias de greve, os policiais, mesmo sem acordo com o Ministério da Justiça, suspenderam a greve.

Até o fechamento desta matéria, o Ministério da Justiça não tinha se posicionou sobre a paralisação dos policiais federais.

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O pessoal da OAB/RJ acompanhou estes manifestantes ? continuar lendo